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Giovani dos Santos, ex-Barcelona, vira empresário do setor petroquímico com salário de R$ 2,9 milhões

Giovani dos Santos, ex-Barcelona, vira empresário do setor petroquímico com salário de R$ 2,9 milhões

Depois de vestir a camisa 10 da seleção mexicana em 103 jogos, marcar gols decisivos contra os Estados Unidos e conquistar ouro olímpico em Londres, Giovani Álex dos Santos Ramírez deixou os gramados — e entrou no mundo dos tubos de petróleo. Em 2021, sem um anúncio oficial, o ex-atacante que passou pela La Masia ao lado de Lionel Messi, trocou as chuteiras por um crachá na Petróleos Mexicanos (Pemex). Hoje, aos 35 anos, ele fatura mais de US$ 500 mil (R$ 2,9 milhões) por ano, segundo reportagem do Globo Esporte de 15 de novembro de 2024. E não é só isso: ele também está no mercado de carros de luxo, comprando e revendendo modelos como Ferrari, Lamborghini e Bentley, segundo o jornalista Abraham Bencid.

Da La Masia ao clássico que o feriu

Giovani despontou como uma das maiores promessas do futebol mundial nos anos 2000. Formado na lendária academia da FC Barcelona, fez sua estreia profissional em 2007, na mesma temporada em que Messi se consagrou como titular. Mas a concorrência era brutal: Henry, Eto’o, Ronaldinho… e depois Messi de novo. Não foi suficiente. Em 2008, foi vendido para o Tottenham Hotspur, onde jogou 38 partidas e marcou quatro gols. Depois, passou por Ipswich, Galatasaray, Mallorca, Villarreal e até LA Galaxy. Mas foi no México, de volta ao Club América em 2019, que ele voltou a vestir a camisa 10 com orgulho.

Aquela camisa, porém, foi a última que ele usaria em campo. Em 28 de setembro de 2019, no Súper Clássico contra o Guadalajara, o zagueiro Antonio Briseño, ao fazer uma entrada, cravou os canos da chuteira na coxa direita de Giovani. A ferida foi profunda — quase 10 centímetros de corte. O sangue manchou o gramado. Ele precisou de seis semanas de recuperação. Ninguém sabia na hora, mas foi o fim da linha. O jogo foi suspenso. Ele nunca mais voltou.

Do ouro olímpico ao petróleo

Sua carreira internacional foi de tirar o fôlego. Estreou pela seleção em 2007, contra o Panamá, num jogo abandonado por causa da chuva. Marcou seus primeiros gols em 2009, contra a Venezuela, e foi eleito o melhor jogador da partida. Mas foi no CONCACAF Gold Cup de 2009 que ele escreveu sua lenda: na vitória por 5-0 sobre os Estados Unidos, em casa, ele quebrou um jejum de dez anos sem vitória mexicana no território norte-americano. Foi o título número cinco da Copa, e Giovani foi o MVP.

Na Copa do Mundo de 2010, foi titular. Em 2014, no Brasil, foi o homem do jogo na vitória por 1-0 sobre a Camarões. Em 2018, foi reserva. Mas o ápice? O ouro olímpico em Londres 2012, quando o México venceu o Brasil por 2-1 na final, com gols de Oribe Peralta. Ele foi peça-chave naquela equipe, com sua velocidade e visão de jogo.

Com 26 gols em 103 partidas, Giovani era um dos jogadores mais completos da história do futebol mexicano. Mas, em 2021, quando seu contrato com o América expirou, ele simplesmente desapareceu dos campos. Nenhum anúncio. Nenhuma despedida. Só silêncio.

Por que Pemex? A lógica por trás da mudança

A transição de Giovani para o setor petroquímico parece inusitada — até você entender o contexto. O México é o maior produtor de petróleo da América Latina. A Pemex é uma das maiores empresas estatais do país, com mais de 100 mil funcionários e um orçamento anual de mais de US$ 30 bilhões. Ela não só extrai petróleo: tem divisões de logística, refino, químicos e até energia renovável.

Como um ex-atleta com nome reconhecido, Giovani foi contratado como sócio estratégico — não como engenheiro, mas como figura de conexão. Ele ajuda a Pemex a fortalecer parcerias com clubes, federações e patrocinadores. Seu nome ainda tem peso no México. E, segundo fontes próximas, ele também trabalha na área de marketing de produtos petroquímicos para o esporte, como uniformes e equipamentos.

Além disso, ele investe em negócios de luxo. Um empresário mexicano que prefere não se identificar confirmou ao Globo Esporte que Giovani é sócio de uma importadora de carros de alta gama com sede em Monterrey. Ele já vendeu pelo menos 12 Lamborghinis e quatro Ferraris desde 2022. “Ele não quer ser só um ex-jogador. Quer ser um empreendedor”, disse a fonte.

O que isso significa para o futebol mexicano?

O que isso significa para o futebol mexicano?

A história de Giovani é um espelho. Ela mostra que, no México, o futebol não é apenas um esporte — é um trampolim para o mundo dos negócios. Muitos ex-jogadores viram treinadores ou comentaristas. Poucos entram no setor industrial. Mas quando alguém como Giovani, com nome internacional e imagem limpa, faz isso, ele abre caminho para outros.

Em 2023, o ex-lateral Rafael Márquez virou consultor de investimentos em infraestrutura. Em 2022, o goleiro Óscar Pérez começou uma empresa de segurança para clubes. Agora, Giovani é o mais bem-sucedido de todos. Ele prova que, mesmo sem uma formação acadêmica tradicional, um atleta pode construir um império fora do campo — se tiver visão, rede de contatos e coragem.

Qual o futuro de Giovani dos Santos?

Ele ainda tem contrato com a Pemex até 2027. Mas rumores apontam que ele quer expandir sua empresa de carros de luxo para a Colômbia e o Chile. Também se fala em um projeto de fundo de investimento voltado para atletas que querem empreender. “Ele não quer ser lembrado só por um gol contra os EUA”, disse um ex-colega de equipe. “Quer ser lembrado por ter criado algo que dure mais que uma partida.”

Enquanto isso, em leilões online como o eBay, camisas autênticas da seleção mexicana com o nome “Giovani Dos Santos” e o número 10 continuam sendo vendidas por até R$ 1.200. Mas ele já não as veste mais. Agora, veste ternos. E dirige um Range Rover Sport — que, claro, ele mesmo importou.

Frequently Asked Questions

Como Giovani dos Santos conseguiu entrar na Pemex sem formação em engenharia ou administração?

Giovani não foi contratado como técnico, mas como sócio estratégico. Sua influência como ex-jogador da seleção mexicana e sua imagem pública são ativos valiosos para a Pemex, que busca fortalecer vínculos com o esporte e o público jovem. Ele atua em parcerias, marketing e relacionamento com clubes, áreas onde seu nome ainda tem grande peso no México.

Qual foi o impacto da lesão de 2019 na decisão de se aposentar?

A lesão no Súper Clássico foi o fim físico da carreira, mas não o único motivo. Giovani já tinha 30 anos, enfrentava dificuldades para manter ritmo e vinha passando por crises de confiança no time. A lesão foi o gatilho, mas a decisão de não retornar foi planejada. Ele começou a estudar negócios enquanto se recuperava — e, em 2021, simplesmente não renovou o contrato.

Por que ele escolheu o setor petroquímico e não outros negócios, como restaurantes ou imóveis?

O setor petroquímico é o maior empregador e gerador de riqueza do México. A Pemex oferece estabilidade, benefícios e acesso a redes de poder que poucos conseguem. Além disso, Giovani tem conexões familiares no norte do país, região industrial e petrolífera. Foi uma escolha estratégica, não um acaso.

Ele ainda tem relação com o futebol hoje?

Sim, mas de forma indireta. Ele participa de eventos da Federação Mexicana de Futebol como convidado e ajuda em campanhas de incentivo ao esporte. Também é dono de uma escola de futebol juvenil em Monterrey, mas não atua como técnico. Seu foco é o negócio — e o futebol virou um ativo de marca, não uma carreira.

Quantos gols ele marcou na seleção mexicana?

Segundo registros da FIFA, Giovani dos Santos marcou 26 gols em 103 partidas pela seleção mexicana. Sua média de 0,25 gols por jogo é impressionante para um meia-atacante, especialmente considerando que ele frequentemente atuava como ponta ou segundo atacante, não como centroavante.

Ele é o único ex-jogador da La Masia que virou empresário no setor energético?

Não há outro caso conhecido. Outros ex-jogadores da La Masia, como Bojan Krkić ou Cesc Fàbregas, seguiram carreiras de treinador ou mídia. Giovani é único por ter se conectado a um setor industrial pesado no México — algo raro para qualquer ex-atleta, não só para os da academia catalã.

Escrito por Edson Cueva Araujo

Sou especialista em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários do Brasil. Meu trabalho é trazer informações relevantes para o público, sempre com uma abordagem objetiva e clara. Trabalho como jornalista há mais de 15 anos e continuo apaixonado pelo que faço. Acredito que a boa informação é essencial para uma sociedade bem informada.

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20 Comments

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    Carla Kaluca

    novembro 16, 2025 AT 16:49

    ai q isso é pqp ele jogou na masia e virou vendedor de ferrari???

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    TATIANE FOLCHINI

    novembro 18, 2025 AT 13:51

    eu não acredito que alguém que marcou gol contra os EUA hoje só vende carro de luxo... isso é triste, sério, triste mesmo.

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    Luana Karen

    novembro 19, 2025 AT 09:10

    essa história é linda, de verdade. Ele não desapareceu, ele evoluiu. O futebol é um trampolim, não um túnel. Muitos acham que ex-jogador tem que ser técnico ou comentarista, mas ele viu o mercado, usou a fama como ponte, e construiu algo que dura mais que um gol. Isso é inteligência. Isso é coragem. Isso é mexicano de verdade.

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    Luiz Felipe Alves

    novembro 19, 2025 AT 22:42

    o que ninguém fala é que a Pemex é um monstro burocrático com mais de 100 mil funcionários e ele entrou como "sócio estratégico" - ou seja, um cargo de luxo pra alguém com nome, sem precisar fazer nada de fato. Ele não é empresário, é um figurão com salário de elite. E o negócio de carros? É só um hobby com dinheiro sujo do Estado. A gente finge que é empreendedor, mas no fundo é clientelismo com camisa 10.

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    Ana Carolina Campos Teixeira

    novembro 21, 2025 AT 19:41

    É inegável que a trajetória de Giovani dos Santos representa uma ruptura paradigmática entre o esporte e a economia real no México. A transição de atleta de alto rendimento para agente estratégico em uma entidade estatal de energia demonstra uma redefinição de valor social. O capital simbólico adquirido em campo foi convertido em capital econômico com eficiência notável. Tal fenômeno merece análise acadêmica mais aprofundada.

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    Stephane Paula Sousa

    novembro 23, 2025 AT 04:45

    as pessoas esquecem que a vida é mais que gols e troféus... o que realmente importa é construir algo que dure... ele não parou ele se transformou... e isso é o verdadeiro poder

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    Edilaine Diniz

    novembro 23, 2025 AT 20:25

    que história massa. eu tô aqui pensando que se eu fosse jogador, também queria fazer algo assim. não é só dinheiro, é propósito. ele tá construindo algo que não vai sumir quando o joelho doer.

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    Thiago Silva

    novembro 24, 2025 AT 11:22

    isso aqui é uma farsa. ele não virou empresário, ele só foi colocado num cargo de luxo porque é famoso. a Pemex tá usando ele como propaganda. e os carros? é só um disfarce pra gente achar que ele é "bem-sucedido". na real, ele tá vivendo de glória passada e dinheiro público. e ainda por cima falam que é um exemplo? isso é triste. muito triste.

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    Gabriel Matelo

    novembro 24, 2025 AT 11:23

    o setor petroquímico no México é o principal motor econômico do país, e a Pemex é a única empresa com alcance nacional e estrutura logística suficiente para viabilizar parcerias de escala. Giovani, como ex-atleta de renome internacional, possui capital de influência que empresas tradicionais não conseguem comprar. Sua função não é técnica, mas de mediação cultural - ele conecta o esporte ao setor industrial, algo que engenheiros não conseguem fazer. Essa é a lógica da economia moderna: valor simbólico convertido em capital institucional.

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    Luana da Silva

    novembro 25, 2025 AT 05:29

    Pemex. Luxury import. 12 Lambo. 4 Ferrari. No coaching. No academy. Just branding.

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    Pedro Vinicius

    novembro 27, 2025 AT 01:16

    ele não perdeu o futebol ele só mudou de campo... o gramado virou escritório e a chuteira virou sapato de couro... e isso é mais valioso do que qualquer gol porque o gol acaba o legado fica

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    Mailin Evangelista

    novembro 28, 2025 AT 15:56

    claro que ele tá rico... mas e se a Pemex tiver ligação com a corrupção? e se esse "cargo estratégico" for só um jeito de lavar dinheiro? e se ele tiver sido pago pra calar a boca sobre os problemas do futebol mexicano? ninguém questiona isso porque ele é "herói"... mas será que é mesmo?

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    Raissa Souza

    novembro 29, 2025 AT 14:23

    É evidente que a narrativa de transformação apresentada é superficial e romantizada. Um atleta com formação acadêmica mínima não pode ser considerado um empreendedor. Ele é um beneficiário de um sistema clientelista. O setor petroquímico é um monopólio estatal, e sua entrada é resultado de privilégio, não de mérito. A referência a carros de luxo serve apenas para mascarar essa realidade. Essa não é inspiração. É apologia à desigualdade.

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    Ligia Maxi

    novembro 30, 2025 AT 15:44

    eu fiquei tão emocionada com essa história que fui pesquisar tudo de novo... tipo, ele jogou com Messi na La Masia e agora ele tá importando Ferraris? tipo... isso é tipo um filme da Disney, mas real... e o pior é que eu tô pensando... e se eu fizesse isso? e se eu tivesse a coragem de largar tudo e começar do zero de novo? eu tenho 32 anos, trabalho em RH, e hoje de manhã eu olhei pro espelho e pensei... será que eu tô vivendo ou só sobrevivendo? isso aqui me fez pensar demais... e eu nem sou mexicana

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    Elaine Gordon

    dezembro 1, 2025 AT 11:42

    o modelo de transição de Giovani é replicável em outros países da América Latina. A integração de atletas de alto nível em setores industriais estratégicos, especialmente em economias dependentes de commodities, é uma prática subutilizada. A Pemex demonstra que o capital de marca pode ser sistematicamente integrado à gestão corporativa. Recomendo a análise de seu contrato como caso de estudo em programas de gestão esportiva.

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    Andrea Silva

    dezembro 2, 2025 AT 13:35

    isso aqui é o que o México precisa mais: ex-jogadores pensando fora do campo. Não é só dinheiro, é exemplo. Ele mostrou que você pode ser grande mesmo sem estar no gramado. E o mais bonito? ele não esqueceu de onde veio. A escola de futebol dele em Monterrey é prova disso. Ele tá ajudando a próxima geração a não cair no mesmo erro: achar que o futebol é tudo.

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    Gabriela Oliveira

    dezembro 2, 2025 AT 22:29

    será que isso é tudo verdade? e se ele tiver morrido em 2020 e a Pemex tiver usado o nome dele pra enganar as pessoas? e se os carros de luxo forem só fotos de aluguel? e se o salário de 2,9 milhões for mentira pra manter a imagem? porque ninguém mostra o contrato, ninguém mostra os documentos... e se for tudo fake? porque o mundo adora heróis... mas heróis não existem, só ilusões

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    ivete ribeiro

    dezembro 4, 2025 AT 20:37

    ele é o rei do reinventar. tipo... de Messi pra Lamborghini? isso é arte. isso é puro glamour. o futebol é coisa de pobre, o luxo é coisa de gente que sabe o valor da vida. ele não vendeu a alma, ele vendeu o mito. e comprou um Range Rover com a alma dele dentro. e eu amo isso.

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    Vanessa Aryitey

    dezembro 5, 2025 AT 03:01

    isso é o que acontece quando você deixa o esporte virar show. ele não é um empreendedor, ele é um produto. a Pemex comprou o nome dele, a mídia comprou a história, e vocês compraram a ilusão. ele não mudou de vida, ele foi vendido. e vocês estão aplaudindo a venda. isso é o fim da cultura esportiva. e eu choro por isso.

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    Talita Gabriela Picone

    dezembro 5, 2025 AT 23:46

    isso aqui me deu esperança. não importa onde você vem, se você tiver coragem de mudar, pode construir algo novo. ele não foi o melhor jogador do mundo, mas tá sendo o melhor versão dele mesmo. e isso é o que importa. parabéns, Giovani. você fez o que muitos só sonham.

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