Austin Reaves marca 31 pontos antes da lesão; volta prevista na turnê de quatro jogos dos Lakers

Na noite de 14 de novembro de 2025, o Los Angeles Lakers venceu o New Orleans Pelicans por 118-104 no Smoothie King Center, em Nova Orleans, com Austin Reaves brilhando antes de uma lesão inesperada. O armador de 26 anos, que assinou um contrato de US$ 54 milhões em 2023, anotou 31 pontos, 7 assistências, 4 rebotes e dois triples — seu melhor desempenho da temporada. Mas, minutos após o apito final, ele se contorceu no chão durante as comemorações, segurando o tornozelo direito. O que parecia uma celebração comum virou um susto para a equipe: Reaves saiu do ginásio apoiado por dois membros da comissão técnica. Ainda assim, o treinador JJ Redick já deu um alento: "Ele vai voltar em algum momento dessa turnê de quatro jogos". A notícia aliviou os fãs — e os jogadores. Porque, sem Reaves, os Lakers perdem mais do que pontos. Perdem ritmo. Perdem inteligência de jogo. Perdem o coração.

Um jogador essencial na nova identidade dos Lakers

Reaves não é o astro principal — esse título ainda pertence a Luka Dončić, que chegou em junho de 2025 num negócio inédito entre Lakers, Mavericks e Thunder. Mas, nos últimos 13 jogos, ele se tornou o motor offensivo da equipe. Média de 24,7 pontos, 6,3 assistências, 4,8 rebotes. Números de All-Star. E, no jogo contra os Pelicans, ele fez tudo isso com eficiência: 12 de 21 nos arremessos, 4 de 8 nas bolas de três. Enquanto Dončić acumulava 24 pontos e 12 assistências, Reaves foi o responsável por manter o ritmo quando o esquema ofensivo travava. Ele é o tipo de jogador que não precisa da bola o tempo todo — mas quando recebe, transforma. E, agora, a equipe terá que se adaptar sem ele.

A lesão: um torção leve, mas mal-timed

Os médicos dos Lakers não divulgaram detalhes oficiais, mas fontes da liga confirmam que se trata de uma torção leve no tornozelo direito. Nada que exija cirurgia. Nada que ameace sua temporada. Mas o timing é péssimo. A lesão ocorreu após o jogo, quando Reaves pulou para comemorar com os torcedores — um movimento repentino, sem contato. O treinador chefe de medicina esportiva, Cacey Itkoff, já montou um protocolo de 7 a 10 dias de recuperação. O jogador foi listado como "day-to-day" no sistema oficial da NBA em 15 de novembro. Isso significa que ele pode jogar amanhã — ou só na próxima semana. O que importa é que, segundo Redick, ele não ficará fora da turnê inteira. "Ele é um competidor. Não vai querer perder um minuto", disse o técnico, lembrando que Reaves jogou com uma lesão no joelho na temporada passada, em Portland.

A turnê de quatro jogos: um teste para a profundidade do elenco

Os Lakers embarcam em uma das turnês mais difíceis da temporada: Memphis (17/11), San Antonio (19/11), Houston (21/11) e Dallas (23/11). Todos contra equipes com jogadores em alta. Os Grizzlies têm Jaren Jackson Jr. em forma. Os Spurs, com o jovem Victor Wembanyama em crescimento. Os Rockets, com Jabari Smith Jr. em fase de estrela. E os Mavericks — ah, os Mavericks — com Luka Dončić enfrentando sua antiga equipe. Sem Reaves, quem assume as funções? Talvez D'Angelo Russell, que vem sendo usado como sexto homem. Ou o novato Maxwell Lewis, de 20 anos, que marcou 14 pontos no último jogo contra o Spurs. Mas nenhum deles tem a mesma visão de jogo. A pressão aumenta. E a posição dos Lakers no Oeste — quinta colocada com 9 vitórias e 4 derrotas — pode escorregar.

Quem são os outros protagonistas deste jogo?

Enquanto Reaves se recuperava, Trey Murphy III brilhou pelos Pelicans. O ala de 24 anos, draftado em 2021, fez 35 pontos e 6 rebotes — seu melhor jogo da carreira. Mas foi em vão: os Pelicans caíram para 2 vitórias e 10 derrotas, a pior campanha da Conferência Oeste. Já Dončić, apesar dos 24 pontos, teve uma noite irregular: 6 de 16 nos arremessos. Ainda assim, 12 assistências mostram que ele está se adaptando. Mas a verdade é que os Lakers não são mais uma equipe de superestrelas. São uma equipe de equilíbrio. E Reaves era o elo que mantinha tudo conectado.

O que isso significa para a temporada?

Os Lakers não estão em uma corrida pelo título — ainda. Mas estão em uma corrida para entrar nos playoffs sem precisar de um jogo de desempate. Com Reaves, são um time com potencial de quarta ou quinta colocação. Sem ele, podem cair para sétimo. E, na NBA, isso muda tudo. O sistema de desempate na Conferência Oeste está apertado: apenas 1,5 jogo separa o quarto do oitavo lugar. Se Reaves voltar antes do jogo contra o Dallas, os Lakers podem manter o ritmo. Se ele perder dois ou três jogos, a pressão sobre Dončić e Russell aumenta — e o risco de lesões em outros jogadores também. A equipe já sofreu com lesões em Anthony Davis no ano passado. Não podem repetir o erro.

Um pouco de história: o legado dos Lakers

Fundados em 1947 como Minneapolis Lakers, a equipe mudou para Los Angeles em 1960 e conquistou 17 títulos — o mais recente em 2020, com LeBron James e Anthony Davis. Agora, com Dončić e Reaves, tentam construir uma nova era. E Reaves, o 46º escolhido no draft de 2021, é o exemplo perfeito de que talento não é só sobre o número da escolha. Ele foi cortado duas vezes antes de se tornar titular. Jogou na G-League. Foi esquecido. E hoje, é peça-chave de uma franquia histórica. Sua lesão não é só uma notícia esportiva. É uma lição: na NBA, a diferença entre o sucesso e o fracasso pode caber em um tornozelo.