As cartas foram colocadas na mesa: a partir de 2026, quem quiser acompanhar o UFC nos Estados Unidos terá que recorrer ao Paramount+. Paramount Global e TKO Group Holdings, empresa mãe do UFC desde a fusão com a WWE, selaram um acordo histórico que movimenta impressionantes US$ 7,7 bilhões por sete anos de exclusividade. O anúncio, feito em 11 de agosto de 2025, deixou o mercado de mídia esportiva em polvorosa.
O que chama atenção é o tamanho do negócio: os norte-americanos nunca viram todos os eventos do UFC centralizados num único serviço de streaming. Os principais eventos numerados — aqueles que o fã de lutas marca na agenda, como McGregor ou Adesanya em ação — e todas as edições da série Fight Night serão exclusivamente transmitidos pelo Paramount+, acabando com quase uma década de parceria com a ESPN. A plataforma se comprometeu também com reprises, bastidores, documentários e muito conteúdo além do octógono.
Esse contrato é mais do que uma jogada para ocupar espaço: trata-se de uma aposta estratégica para turbinar assinaturas do Paramount+. O UFC é, hoje, uma das ligas esportivas que mais crescem em audiência e valor de mercado nos EUA. Com um valor anual de US$ 1,1 bilhão, o acordo coloca os direitos de transmissão do UFC no mesmo patamar que gigantes como NFL e NBA. E quem sai ganhando com essa batalha nos bastidores é, sem dúvida, o fã que busca mais opções para consumir seu esporte favorito.
O fim do ciclo com a ESPN não significa apenas trocar de canal. Com a assinatura, a Paramount planeja investir pesado em produção e distribuição. A ideia é elevar o padrão das transmissões, trazendo tecnologia de ponta para câmeras, áudios e experiências imersivas para o assinante. Outra grande novidade é a promessa de disponibilizar o UFC em outras praças, usando a rede internacional da Paramount — o que pode abrir caminho para um crescimento global ainda maior.
Do lado da TKO Group Holdings, formada pelo casamento entre UFC e WWE, nada muda na gestão do octógono. Os direitos de marca e operação do UFC seguem com a empresa, enquanto a Paramount se encarrega da distribuição e da experiência do assinante. É um acordo onde cada um faz o que sabe de melhor: TKO foca no esporte e no produto, Paramount explora ao máximo o potencial de audiência e marketing.
Especialistas acreditam que essa união tem tudo para mexer no tabuleiro do streaming, principalmente porque Paramount+ passa a competir de igual para igual com gigantes como Netflix, Amazon Prime Video e Disney+, que já apostam em transmissões esportivas. Para o UFC, o impacto deve ser imediato: mais visibilidade, campanhas de marketing integradas com outras marcas do grupo Paramount e potencial para alcançar novos públicos nos EUA e no exterior.
A fatia de mercado do UFC agora depende também das estratégias de marketing da nova casa e do quanto o serviço de streaming conseguirá converter fãs de luta em assinantes fiéis — um desafio para qualquer gigante do entretenimento. Se o passado já mostrou que o público busca flexibilidade e qualidade na hora de assistir esporte, parece que a partir de 2026, esse combo tem tudo para se tornar padrão de referência.
Sou especialista em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários do Brasil. Meu trabalho é trazer informações relevantes para o público, sempre com uma abordagem objetiva e clara. Trabalho como jornalista há mais de 15 anos e continuo apaixonado pelo que faço. Acredito que a boa informação é essencial para uma sociedade bem informada.
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