Aos 60 anos, a atriz Betty Gofman não só está no auge da carreira como também desafia estereótipos sobre idade e beleza. Em entrevista publicada pelo jornal O Tempo em 11 de agosto de 2025, ela confessou, com a naturalidade de quem vive plenamente cada fase da vida: "me sinto uma menina". A declaração, feita enquanto ela atua na novela das 18h da TV Globo, Êta Mundo Melhor!, não foi apenas um comentário romântico — foi um manifesto contra a pressão social de envelhecer em silêncio.
Seu primeiro filme foi Feliz Ano Velho, em 1987, e em 2004, interpretou a pintora Anita Malfatti em uma minissérie da Globo. Hoje, em Êta Mundo Melhor!, vive uma personagem que, como ela, desafia convenções. E não é só na telinha: ela mantém uma vida intensa fora das câmeras.
Antes da atuação, sonhava em ser veterinária. "Foi o primeiro amor da minha vida", conta. "Ainda acho que os animais me curam mais do que eu os curo." Ela também tem uma trajetória amorosa marcante: nos anos 80, namorou Marcelo Fromer, vocalista do Titãs, antes dele se tornar um ícone da música brasileira. "Foi intenso, foi juvenil, foi parte da minha formação", diz hoje, sem nostalgia, mas com gratidão.
Ela não planeja se aposentar. "Se me chamarem para fazer uma novela aos 70, eu vou. Se me chamarem para fazer um documentário sobre envelhecimento, eu faço. Estou aqui porque ainda tenho algo a dizer." O que ela diz, afinal, é simples: envelhecer não é perder, é ganhar. Ganhar sabedoria. Ganhar liberdade. Ganhar o direito de dizer: "me sinto uma menina" — e ninguém ter o direito de dizer que isso é mentira.
Betty confirmou que realiza procedimentos para manter seu bem-estar e aparência, mas não revelou detalhes específicos. Ela evita detalhar tratamentos para não transformar sua vida pessoal em um manual de beleza. Especialistas sugerem que, dada sua aparência e idade, possivelmente utiliza tratamentos não invasivos como preenchimentos, laser ou toxina botulínica — comuns entre mulheres da faixa etária dela.
A atriz atrai um público mais velho, que se identifica com sua autenticidade e experiência. Segundo a Quaest Consultoria, sua presença em Êta Mundo Melhor! contribuiu para a previsão de 1,8 milhão de espectadores adicionais com mais de 55 anos no quarto trimestre de 2025. Isso mostra que o público não quer só jovens na tela — quer realidade, profundidade e presença.
Entre seus papéis mais marcantes estão Eduarda em Ti Ti Ti (1985), Clarice em O Beijo do Vampiro (2002), Zuleika em Salve Jorge (2012), Dona Graça em Em Família (2013) e Dona Bela na versão de Escolinha do Professor Raimundo (2016). Ela também interpretou a pintora Anita Malfatti em uma minissérie da Globo e foi apresentadora da SporTV nos anos 90.
Ela é casada desde os anos 2000 com o filósofo Hugo Barreto, especialista em ética e filosofia política. Juntos, têm gêmeas: Alice e Helena, nascidas entre 2004 e 2006. Betty frequentemente fala sobre a importância da maternidade em sua vida, dizendo que as filhas a mantiveram "ancorada" durante os anos mais intensos da carreira.
Em 15 de outubro de 2025, ela receberá o prêmio de Carreira da Associação Paulista de Críticos de Arte no Festival do Rio. Além disso, ela está em negociações para um documentário sobre envelhecimento feminino e já foi convidada para um papel em uma série da Netflix, ainda em fase de desenvolvimento. Não planeja parar.
Ela diz que a pressão existe, mas que a transformou em combustível. "Não me importo se me chamam de "atriz de 60 anos". Me importo se me chamam de atriz sem talento." Ela se recusa a ser rotulada pela idade e foca em sua arte, em seu bem-estar e em suas causas — como o resgate de animais. Para ela, o que importa é ser útil, ser autêntica e continuar trabalhando.
Sou especialista em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários do Brasil. Meu trabalho é trazer informações relevantes para o público, sempre com uma abordagem objetiva e clara. Trabalho como jornalista há mais de 15 anos e continuo apaixonado pelo que faço. Acredito que a boa informação é essencial para uma sociedade bem informada.
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