Flamengo e Palmeiras nas semifinais da Libertadores 2025: como chegaram e o que falta para o título

O percurso dos clubes brasileiros até as semifinais

Quando a CONMEBOL fez o sorteio dos confrontos em Luque, muitos achavam que o caminho seria mais fácil para os times do Brasil. A verdade é que todos eles tiveram que encarar rivais de peso nas oitavas e, claro, nas quartas de final. O Copa Libertadores 2025 acabou se transformando num verdadeiro teste de resistência física e tática.

Flamengo, que saiu da fase de grupos como líder, foi emparelhado com Internacional. O duelo, que acabou sendo o único confronto exclusivamente brasileiro na fase decisiva, trouxe muita pressão da torcida de ambos os lados. O Rubro‑Negro mostrou uma postura agressiva, aproveitando a velocidade dos seus atacantes para abrir o placar ainda no primeiro tempo. O segundo tempo foi mais equilibrado, mas a defesa flamenguista segurou o resultado e avançou com a vitória.

Palmeiras, por sua vez, enfrentou o Universitário, equipe peruana que surpreendeu ao chegar à fase de grupos como vice‑campeã. O Verdão utilizou seu tradicional jogo de posse de bola, dominando a maior parte do tempo de partida e controlando o ritmo. Foi um clássico de estratégia, com o técnico pressionando o adversário e explorando as laterais. No fim, o placar refletiu a superioridade do time paulista, garantindo mais uma vaga para a semi.

Já São Paulo teve um caminho mais sinuoso. O Morumbi recebeu o confronto contra o LDU Quito, e apesar de contar com um elenco talentoso, o Tricolor acabou sendo eliminado. O duelo evidenciou a força crescente dos clubes equatorianos, que vêm investindo pesado em contratações e estrutura.

Botafogo, Fortaleza e outros representantes brasileiros também saíram da competição, mas seu desempenho ainda reforça a ideia de que o futebol sul‑americano está se equilibrando. A presença de equipes como LDU Quito e Racing nas semifinais mostra que a competição está mais aberta do que nunca.

Semifinais: o que vem pela frente para Flamengo e Palmeiras

Com as quartas definidas, o calendário agora aponta para as semifinais, que devem acontecer entre o final de setembro e início de outubro. O Flamengo encara o vencedor da partida entre LDU Quito e outro adversário ainda a ser confirmado, enquanto Palmeiras terá um confronto direto contra o Racing.

Para o Flamengo, o principal desafio será manter a consistência defensiva. Nos últimos jogos, a equipe sofreu alguns gols desnecessários, e contra um adversário que joga compacto, cada erro pode custar caro. O técnico deve apostar em um meio‑campo mais articulado, usando a criatividade de jogadores como Arrascaeta para abrir espaços.

Palmeiras já demonstra a experiência de estar em cinco semifinais nos últimos seis anos. A equipe sabe como lidar com a pressão e tem um elenco forte nos momentos decisivos. O segredo será equilibrar a ofensiva, que tem sido eficaz, com a necessidade de segurar a marcação nos minutos finais.

Além das táticas, a logística também pode influenciar. A final está marcada para 29 de novembro em Lima, mas ainda não se definiu o estádio. Isso significa que as equipes terão que adaptar suas rotinas de viagem e treinamento, o que pode impactar a preparação.

Vale lembrar que a Libertadores está se tornando cada vez mais competitiva. Times de Argentina, Paraguai, Colômbia e Uruguai chegaram com elencos reforçados e planos de jogo modernos. O que antes era uma disputa mais previsível está agora cheia de surpresas.

Em resumo, Flamengo e Palmeiras carregam a tradição brasileira, mas não podem subestimar nem sequer um clube menos conhecido. Cada detalhe — desde a escolha do melhor atacante para um contra‑ataque até a gestão da fadiga dos jogadores — será decisivo. Os torcedores já sentem o clima de festa nas cidades, mas o que vem pela frente ainda pode mudar tudo.